Preconceitos em relação ao Behaviorismo: Quais atitudes os analistas do comportamento podem adotar?

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 22:18

Este artigo pretende apresentar uma breve definição de Análise do Comportamento e Behaviorismo Radical, passando por alguns dos preconceitos verificados por Skinner (1982 ) e seus motivos com o objetivo de responder a questão sobre a forma que os analistas do comportamento estão lidando com estas críticas e como tem agido sobre elas.
Análise do comportamento consoante Moreira e Medeiros (2007) é a uma abordagem psicológica que busca compreender o ser humano a partir de sua interação com o ambiente, sendo a área de investigação conceitual, empírica e aplicada do comportamento, que ,de acordo com Starling (2003)  “constitui um campo disciplinar por direito próprio, uma ciência natural, com afinidades epistemológicas, conceituais e metodológicas com a física, a química e a biologia contemporâneas”.  Behaviorismo Radical é a filosofia da ciência do comportamento (LIMA).



Muitos são os preconceitos em reação ao Behaviorismo Radical devido ao fato de relacionarem o Behaviorismo Radical com o Behaviorismo Metodológico apesar de serem duas propostas de estudo do comportamento distintas sugerndo que os criticos possuem desconhecimento histórico, espistemológico e conceitual (LIMA ;NETO, ?,;2010).


 Skinner (1982) elencou alguns esses preconceitos em seu livro Sobre o Behaviorismo e conclui que estas afirmações representam uma extraordinária incompreensão do significado e das realizações científicas:

1. O Behaviorismo ignora a consciência, os sentimentos e os estados mentais.
2. Negligencia os dons inatos e argumenta que todo comportamento é adquirido durante a vida do indivíduo.
3. Apresenta o comportamento simplesmente como um conjunto de respostas a estímulos, descrevendo a pessoa como um autômato, um robô, um fantoche ou uma máquina.
4. Não tenta explicar os processos cognitivos.
5. Não considera as intenções ou os propósitos.
6. Não consegue explicar as realizações criativas -- na arte, por exemplo, ou na música, na literatura, na ciência ou na matemática.
7. Não atribui qualquer papel ao eu ou à consciência do eu.
8. É necessariamente superficial e não consegue lidar com as profundezas da mente ou da personalidade.
9. Limita-se à previsão e ao controle do comportamento e não apreende o ser, ou a natureza essencial do homem.
10. Trabalha com animais, particularmente com ratos brancos, mas não com pessoas, e sua visão do comportamento humano atém-se, por isso, àqueles traços que os seres humanos e os animais têm em comum.
11. Seus resultados, obtidos nas condições controladas de um laboratório, não podem ser reproduzidos na vida diária, e aquilo que ele tem a dizer acerca do comportamento humano no mundo mais amplo torna-se, por isso, uma metaciência não-comprovada.
12. Ele é supersimplista e ingênuo e seus fatos são ou triviais ou já bem conhecidos.
13. Cultua os métodos da Ciência, mas não é científico; limita-se a emular as Ciências.
14. Suas realizações tecnológicas poderiam ter sido obtidas pelo uso do senso comum.
15. Se suas alegações são válidas, devem aplicar-se ao próprio cientista behaviorista e, assim sendo, este diz apenas aquilo que foi condicionado a dizer e que não pode ser verdadeiro.
16. Desumaniza o homem; é redutor e destrói o homem enquanto homem.
17. Só se interessa pelos princípios gerais e por isso negligencia a unicidade do individual.
18. É necessariamente antidemocrático porque a relação entre o experimentador e o sujeito é de manipulação e seus resultados podem, por essa razão, ser usados pelos ditadores e não pelos homens de boa vontade.
19. Encara as idéias abstratas, tais como moralidade ou justiça, como ficções.
20. É indiferente ao calor e à riqueza da vida humana, e é incompatível com a criação e o gozo da arte, da música, da literatura e com o amor ao próximo.
(SKINNER, 1982,  apud  MOREIRA & MEDEIROS,2007, p.219-220)

 Muitos são os motivos da existência e propagação dos preconceitos em relação ao Behaviorismo Radical e desde o fato dele afirmar que todo comportamento se origina da interação entre fatores genéticos e ambientais, até, no meio educacional, por causa dos termos utilizados pelos analistas do comportamento como controle, treino, condicionamento, punição, que estão associados, no discurso leigo e no entendimento de algumas comunidades acadêmicas e profissionais, a autoritarismo e práticas abusivas de cerceio à liberdade de ação e, por conseguinte, levantam inevitáveis e inesgotáveis questões políticas, éticas e morais. (LIMA;? CARMO & BATISTA, 2003 apud NETO, 2010). Lima afirma que “Watson sabiamente acreditava que a Psicologia utilizava muitos termos vagos, imprecisos” e este foi um dos vários motivos para o fundamento do Behaviorismo metodológico, sendo assim, a afirmação anterior pode significar que mito pouco mudou em relação em relação a comunicação dos conhecimentos da análise do comportamento.
Por fim, no próximo texto pretendo continuar a partir da seguinte questão:

Quais atitudes os analistas do comportamento podem tomar em relação a estes preconceitos?


REFERÊNCIAS

CARMO, J.S.BATISTA,M.Q.G.Comunicação dos conhecimentos produzidos em análise do comportamento: uma competência a ser aprendida? ,2003.Disponível em: Acesso em: Out. 2010

LIMA. A.M. Behaviorismo Radical . Disponível em: Acesso em:Out. 2010
MOREIRA, Marcio B., MEDEIROS, Carlos A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.

NETO. Críticas ao Behaviorismo: preconceitos e discordâncias.Disponível em: Acesso em: Out. 2010

STARLING, Roosevelt Riston. O que é "psicologia comportamental"? Entrevista dada ao Centro Acadêmico de Psicologia da Universidade Federal de São João Del Rey em 2003.

SKINNER, Burrhus Frederic. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1982.

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Terapia Cognitiva e Behaviorismo Radical: Diferenças, pré-conceitos e terapias cognitivo-comportamentais

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 11:56


Dentro da Psicologia existem muitas teorias que são utilizadas pelos psicólogos como instrumentos para o auxílio à compreensão  do comportamento e da mente humanas. O objetivo deste artigo é conceituar brevemente as ciências cognitivas, o behaviorismo radical, e as terapias cognitivo-comportamentais, de acordo com as diferenças entre cada uma e os mitos enfrentados, partindo da idéia de que: (1) ciências cognitivas, (2) behaviorismo radical , e (3) terapias cognitivo-comportamentais são coisas distintas. A primeira diz respeito ao estudo científico da mente que compreende várias linhas de investigação, como filosofia, neurociência e psicologia cognitiva, dentro da qual está situada a terapia cognitiva como prática clínica ( Shinohara, 2001). A segunda é a filosofia da ciência do comportamento, que tem como uma das abordagens a análise do comportamento (Moreira e Medeiros 2007). A terceira diz respeito a um “sistema de psicoterapias” que tem como referência espistemológica duas grandes áreas: O objetivismo ou racionalismo e o construtivismo. De modo geral estas duas bases epistemológicas

abrangem diferentes classes de terapias, tais como terapia racional Emotiva, Terpaia da Solução de Problemas, Terapia Cognitiva de Beck, etc, que se orientam para diferentes graus de mudanças comportamentais e/ou cognitivas, influenciadas pelo background de cada teórico.( Shinohara, 2001, p. 19)

Consoante Bahls e Navolar (2004) a teoria cognitiva tem como objetivo a descrição dos processos cognitivos envolvidos em determinada psicopatologia de maneira que quando ativados em contextos específicos podem caracterizar-se como mal-adaptativos ou desfuncionais. Segundo Facolne (2004) as ciências cognitivas são defendidas por aqueles que consideram o estudo de processos cognitivos um avanço enriquecedor para a abordagem comportamental tradicional.
De acordo com Moreira e Medeiros ( 2007) o Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas sim, um tipo de filosofia que embasa teóricamente esta ciência,ou seja, que questiona, entre outras coisas, a possibilididade de existência dessa ciência e quais os métodos ela pode utilizar, não podendo, portanto, ser classificada como uma abordagem da Psicologia.       
Myers (2000)  define preconceito é avaliação negativa de algum grupo e seus membros individuais feito na forma de um pré-julgamento, que é composta de sentimentos, tendências comportamentais e convicções.
Dell e Hareless ( 1992 apud Weber, 2002) descreveram cinco mitos apresentados comumente contra o Behaviorismo: (1) não considera o papel da genética e da fisiologia para o comportamento, em outras palavras, argumenta que todo comportamento é adquirido durante a vida do indivíduo (Moreira e Medeiros, 2007), (2) acredita que qualquer comportamento pode ser condicionado, (3) negligencia a individualidade de cada pessoa, só se interessando pelos princípios gerais, (4) utiliza a punição como controle do comportamento e (5) nega a existência de eventos internos, como consciência, sentimentos e estados mentais, e não tenta compreende-los. (idem, 2007) Além destes, Moreira e Medeiros (2007) citam outros exemplos de crenças equivocadas contra o Behaviorismo Radical, como:

Não consegue explicar as realizações criativas [...] Trabalha com animais, particularmente com ratos brancos, mas não com pessoas, e sua visão de comportamento atém-se àqueles traços que os seres humanos e os animais têm em comum. ( p.219-220)
  
É grande o número de experimentos que evidenciam o preconceito em relação ao behaviorismo radical e os fatores responsáveis pelo surgimento das críticas são vários. (Weber, 2002; Rodrigues, 2006) As críticas são feitas em relação à falta ou ao conhecimento errôneo sobre o tema, que leva com que as pessoas considerem tal filosofia autoritária, democrática, violenta e desumana, e por se referirem ao Behaviorismo proposto por Watson, ou seja, o não Radical, uma vez que o termo radical é devido ao fato de Skinner ter rompido radicalmente com algumas das idéias de Watson, como a do dualismo(1), em que eventos privados eram diferenciados dos eventos públicos, mentalismo (2) significando que nega que os comportamentos sejam causados por eventos mentais, (3) “para Skinner, as explicações baseadas em eventos mentais são superficiais e não chegam à raiz dos determinantes do comportamento.” (Moreira e Medeiros, 2007, p. 219) Além destes, os outros mitos são explicados corretamente em um vasto número de autores que tem a dismitificação destes mitos  como objetivo central, como no caso de Weber (2002), Rodrigues (2006) e Moreira e Medeiros (2007). As idéias equivocadas a respeito do behaviorismo faz com que as pessoas tenham sentimentos negativos que levem a tendência de evitar este tipo de prática, principalmente no caso de estudantes de curso de graduação de psicologia como acrescentam Weber (2002) e Rodrigues (2006).
Além do preconceito que existe “contra” o behaviorismo, há também o desconhecimento sobre a diferença entre os termos utilizados e sobre cada prática citada neste texto ( terapia cognitiva, behaviorismo radical e terapia cognitivo-comportamental). Esta última, muitas vezes é classificada como tendo técnicas iguais as utilizadas por analistas do comportamento, quando na realidade são a junção entre os conceitos e técnicas da psicologia cognitiva e da comportamental (Bahls e Navolar, 2004) . Em resposta a pergunta
Existe uma análise de que o behaviorismo estaria perdendo espaço para uma associação entre behaviorismo e cognitivismo. Isso está acontecendo? Que diferenças você vê entre behaviorismo e cognitivismo? ( Banaco em Entrevista com Hélio Guilhardi, 2004)

Que leva em conta as práticas da terapia Cognitivo-Comportamental e Behaviorismo Radical, Guilhardi responde que

Do meu ponto de vista, o behaviorismo radical e a terapia comportamental cognitiva são irreconciliáveis, porque partem de pressupostos completamentes diferentes. O cognitivismo é mentalista e o behaviorismo radical não. O que aproxima um do outro é a palavra comportamental, mas é muito pouco, porque se nós fôssemos discutir com um terapeuta comportamental cognitivo iríamos verificar que inclusive a definição de comportamento não vai coincidir. O cognitivismo é uma forma de mentalismo, de mecanicismo e atribui ao mental uma força causadora, iniciadora de outros comportamentos que não coincide com a maneira como o behaviorismo radical conceitua e trabalha o comportamento. O caminho não está numa síntese das duas propostas. Uma não enriquece a outra. Ambas merecem respeito, tendo pessoas sérias trabalhando e pesquisando, mas eu acho que o ecletismo que as coloca juntas é pernicioso. Cada qual tem uma maneira muito própria e diferente de ver o seu objeto de estudo.

Entretanto, Shinohara (2001) explica que todas as abordagens da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)  
 partilham da posição mediacional, acreditam que mudanças terapêuticas podem ser alcançadas através da alteração dos modos disfuncionais de pensamento, provenientes da teoria da psicologia cognitiva, e muitos de seus métodos se baseiam em princípios e técnicas comportamentais, além de utilizarem dados comportamentais como ínidices de progresso terapêutico. (p. 19)

A diferença é que segundo a TCC são as percepções que os indivíduos tem dos eventos que causam os pensamentos disfuncionais que resultam em mudanças emocionais, e não os eventos em si (Shinohara, 2001).
Neste caso, o preconceito não pode ser deifinido como uma avaliação negativa, mas sim no sentido natural da palavra “pré-conceito”, ou seja, elaborar idéias e convicções antes de entender o real significado.
A Conclusão é que o preconceito existe dentro da psicologia, na qual psicólogos de outras abordagens e senso-comum, “rotulam” e avaliam negativamente as teorias referidas aqui, sem ao menos conhecê-las direito.

 Referências

BAHLS, S.C.NAVOLAR, A.B.B. Terapia cognitivo-comportamentais: conceitos e pressupostos teóricos. Disponível em: . Acesso em: 4 de jun. 2010
FALCONE, E. Terapias cognitivo-comportamental e behaviorista radical: São diferentes? Disponível em: . Acesso em: 4 de jun. de 2010
GUILHARDI,H. Diálogos: O ser humano à luz de seu comportamento. Fortaleza: Centro de Estudos em Psicologia, 2004. Disponível em: . Acesso em: 5 de jun. De 2010
MOREIRA,M.B.;MEDEIROS,C.A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007
MYERS, D.G. Preconceito: O ódio ao Próximo. Em: Psicologia Social. Rio de Janeiro: LTC, 2000. pp. 181-206
RODRIGUES,M.E. Behaviorismo: mitos, discordancias e preconceitos. Em: Rev. Educere et Educare. v.1.n.2.jul/dez 2006. pp 141-164
SHINOHARA,H.O. Conceituação da terapia cognitivo-comportamental. Em: Sobre comportamento e cognição: aspéctos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. BANACO,R.A.(Org.)1.ed.v.1. Santo André: ESETec,2001. pp. 18-21
WEBER, L.N.D. Conceitos e pré-conceitos sobre o behaviorismo. Em: Rev. Psicologia Argumento.v.20.n.31. Out 2002
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IX JORNADA CATARINENSE DE PSIQUIATRIA

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 13:10

IX JORNADA CATARINENSE DE PSIQUIATRIA

06 e 07 de agosto de 2010

Tema central: “As Neurociências e os Avanços na Compreensão e Tratamento dos Transtornos Mentais”.

Hotel Mercure - Itacorubi - Florianópolis – SC



PROGRAMAÇÃO:


06/08 – Sexta-feira

08h Abertura secretaria

08h30min Mesa redonda:

Métodos de diagnóstico auxiliares

Neuroimagem estrutural para o Psiquiatra – RNM e TC

Palestrante: Dr. Rafael Martins Ferreira – SC

Neuroimagem Funcional para o Psiquiatra – SPECT e PET cerebral

Palestrante: Dr. Ricardo Guarnieri – SC

10h Coffee-break

10h30min Conferência:

Neuroquímica da Memória – aspectos experimentais e clínicos

Palestrante: Prof. Dr. Roger Walz – SC

12h Intervalo

14h Mesa redonda:

Tratamentos somáticos dos Transtornos Psiquiátricos I:

Eletroconvulsoterapia

Palestrante: Dr. Marco Aurélio Buzetti Andrade- SP

Neurocirurgia para Transtornos Psiquiátricos

Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Linhares – SC

16h Coffee-break

16h30min Mesa redonda:

Tratamentos somáticos dos Transtornos Psiquiátricos II:

Estimulação magnética transcraniana - EMT

Palestrante: Dr. Marco Aurélio Buzetti Andrade- SP

Estimulação do Nervo Vago – VNS

Estimulação Cerebral Profunda

Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Linhares – SC



18h Mesa redonda:

Prejuízos cognitivos e Transtornos Neuropsiquiátricos

Palestrantes:

Psic. MSc. Maria Emília Rodrigues – SC

Psic. Profa. Dra. Maria Joana Mader – PR

07/08 - Sábado

08h30min Conferência:

Neurociências e Psicanálise

Palestrante: Dra. Gladis Carnieletto-SC

10h Coffee-break

10h30min Mesa redonda:

Neurociências em Santa Catarina: o que vem sendo feito e perspectivas

Palestrantes:

-Prof. Dr. João Quevedo – SC

-Prof. Dr. Roger Walz- SC

12h Intervalo

14h Debate:

"Atualidades na Interface entre Psiquiatria e Lei. Os Avanços das Neurociências chegam à Saúde Pública?"

Palestrantes:

-Prof. Sandro Cesar Sell – SC

-Dr. Geder Evandro Motta Grohs - SC

 Mais informações em: http://www.acp.med.br/
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"Como atua?" Em breve nova série

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 10:14



         A série " Como atua? " está sendo preparada com o objetivo de alcançar simpatizantes e estudantes do curso de Psicologia e terá como foco principal descrever as principais áreas de atuação da Psicologia ( do Esporte, Comunitária, Escolar, Hospitalar, Organizacional, Jurídica e Clínica ), visando responder as seguintes questões:

- Como atua o Psicólogo em cada um destes campos?
- Quais as principais questões a serem trabalhadas?
- Como faz?
- Onde pode atuar?
- Como está o mercado de trabalho?

Aguarde.
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Estudo da possibilidade de prever comportamentos através do cérebro.

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 10:54

        

              Um experimento, realizado por uma equipe da Universidade da Califórnia Los Angeles ( UCLA ) mostra que o comportamento futuro dos indivíduos pode ser previsto através de análise de seus cérebros.
            Os voluntários ( 20 no total ) foram submetidos a campanhas governamentais sobre a importância do uso de protetor solar e depois perguntados se iriam ou não aumentar o uso do produto. Foi utilizada ressonância magnética para medir as reações de uma área específica do cérebro, neste caso a região estudada do cérebro foi a do córtex pré-frontal medial ( a parte em verde, na frente ) que é associada com a "auto-reflexão", o ato de nós pensarmos sobre nossas motivações e desejos. Em alguns casos foi verificado o aumento de atividade na região analisada.
                        
"Em seguida, os pesquisadores pediram para que os voluntários relatassem se pretendiam ou não aumentar o uso de protetor ao longo dos próximos sete dias. Uma semana depois, foi feito um follow-up: todos os voluntários relataram quantas vezes, de fato, usaram protetor solar.
Na maioria dos casos, as medições dos cérebros dos usuários revelaram com mais precisão quais seriam as suas atitudes do que as próprias respostas fornecidas pelos participantes."
         Com base nos resultados da análise, os pesquisadores supõem que, por algum motivo, nossa consciência possa não ser capaz de interpretar as mensagens que o corpo produz.


Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/analise-do-cerebro-preve-comportamento-24062010-25.shl?2
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Punição: Melhor forma de controle das ações dos funcionários?

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 08:52


          

            Em pleno século XXI, grande parte das empresas utiliza a punição em funcionários que não se comportam da maneira esperada pela organização, através de técnicas como advertências por escrito, retenção de salário, ameaças e demissão ( Grande parte das empresas nem ao menos tem um psicólogo organizacional ).
            Até é compreensível que alguns chefes, ao não saberem mais o que fazer, acabem apelando para estas técnicas. Mas quer um conselho? Se você é um destes gestores organizacionais contrate um psicólogo organizacional, pois estas técnicas punitivas só são eficazes para certos problemas se o chefe estiver constantemente presente na empresa vigiando seus funcionários. Caso contrário provoca efeitos contrários ao esperado, ou o denominado contra-controle.
           Que tal, ao invés de punição, utilizar técnicas como a chamada "disciplina sem punição", que consiste em administrar problemas, conflitos e até mesmo baixa produtividade com conversas, aconselhamentos e chances e possui vantagens como o reforço dos valores das empresas, a capacidade de corrigir os erros dos profissionais e a aplicabilidade disso para todas as funções. (Jornal Carreira e Sucesso). O grande problema desta técnica é que muitos gestores ainda não sabem como utilizá-la. Por isso, reforço, contrate um psicólogo organizacional, que entre outras coisas, poderá intervir nas abordagens tomadas pela empresa em relação aos seus funcionários fazendo com que o rendimento dos trabalhos e a motivação dos funcionários melhore.
           A grande dúvida é: o que eu, como aluna de psicologia, posso fazer para "melhorar" essa situação, uma vez que a maioria das empresas em que fui chamada para realizar estágios utilizam a antiga punição?
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Trote Universitário = Forma de Bullying ?

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 18:13

             Bullying  compreende todas as formas de agressões intencionais ( verbais, físicas, emocionais, sexuais) que ocorrem de maneira repetitiva, adotada por uma ou mais pessoas contra outra ou outras , numa relação desigual de poder. Ocorre em lugares e situações em que ocorram relações interpessoais, porém, o maior número deste fenômeno ocorre em Instituições Educacionais, entre elas as de ensino superior. 
Algumas das intenções de  quem  pratica o Bullying são: Assediar, Desmoralizar, Desvalorizar, Depreciar, Oprimir, Dominar, Constranger, Abusar, Excluir, Ridicularizar, Estigmatizar entre outros.



            O trote enfrentado por muitos alunos que ingressam em uma universidade, é um exemplo de bullying, todavia, é aceito por grande parte da sociedade sendo considerado tanto como um modo de se divertir, como um  rito de passagem entre a adolescência e a vida adulta. No entanto, não são todos os alunos que gostam deste tipo de "brincadeira". Estes alunos quando participam ou são forçados ( sim, são obrigados a participar, uma vez que se não participarem estão sujeitos a serem excluídos de todo o convívio social com os outros alunos de seu curso, a não serem convidados para festas.. enfim.. do isolamento do resto dos alunos ) a participar deste tipo de brincadeiras, sem dúvida se sentem assediados, desmoralizados, depreciados e por aí vai..

Qual é a diferença então?
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O TOC e a terapia cognitiva comportamental

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 17:14


            O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um transtorno mental incluído pelo DSM-IV entre os chamados transtornos de ansiedade. 
            Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preo­cupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). 
            Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e  mesmo desejando,o indivíduo não consegue afastá-las ou suprimi-las. São acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões. Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão). 
             Pra quem não conhece ainda, a Revista Mente&Cérebro publicou uma coleção com seis volumes intitulada Doenças do Cérebro, que traz textos de especialistas em alzheimer, parkinson, autismo, esquizofrenia, transtorno bipolar, hiperatividade, depressão, stress e ansiedade.
 

             

           
              Cardioli, professor do curso de Psiquiatria da UFRGS, escreveu , no sexto volume que fala sobre Estresse e Ansiedade, uma matéria com o nome "Prisão Mental"  (p. 58-66) que fala sobre o TOC e suas alternativas de tratamento. Dentro desta matéria há um box com o nome Correção de Rota e a chamada "Por meio da terapia cognitivo-comportamental, o paciente aprende a orientar suas obsessões e medos e a abster-se dos rituais" (p. 65). Pra quem se interessa pelo tema, vale a pena dar uma conferida.

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Próximos Eventos em Floripa

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 21:52

 Educasul 2010
Quando:21 a 23 de Julho de 2010
Onde: Centro Sul- Florianópolis- SC
Mais informações: http://www.educasul.com.br/



II Encontro Estadual dos Serviços de Psicologia das IES de SC
Quando: 13 e 14 de agosto



 
I Congresso de Iniciação Científica e Pós Graduação - Sul Brasil
Quando: 13 a 16 de Setembro de 2010
Onde: Centro Sul - Florianópolis- SC
Mais informações em: http://www.cicpg2010.udesc.br/

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Expressões Faciais: Você sabe classificar um sorriso?

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 23:13


1                                      2
O Ser humano consegue reproduzir até 50 sorrisos diferentes.
Qual dos sorrisos a cima é falso?

              Entre os seres humanos o sorriso é uma expressão que geralmente denota prazer, felicidade, alegria ou diversão, mas que também pode demonstrar involuntariamente ansiedade, malícia ou socialmente educação e é caracterizada pela flexão dos músculos  próximos das duas extremidades da boca.          
              De acordo com o site da BBC  a maioria das pessoas não sabe diferenciar um sorriso verdadeiro de um sorriso falso, uma vez que ambos podem ser muito parecidos. Uma explicação possível é que "pode ser mais fácil para as pessoas continuarem uma atividade se nem sempre souberem o que os outros realmente estão sentindo.
             O sorriso verdadeiro e o falso mexem com diferentes músculos que são ativados por partes diferentes do cérebro. Os sinais para cirar o sorriso falso partem da porção consciente do cérebro, enquanto que o sorriso verdadeiro é automático, ou seja, é controlado pelas partes inconscientes do cérebro e passam pelas partes do cérebro que ontrolam as emoções. Mas como diferenciá-los? Para isso existem algumas pistas:

             - No sorriso verdadeiro é impossível controlarmos o músculo orbicular ocular que fica ao redor dos olhos que é contraído, fazendo com que se formem rugas.
              -No sorriso sincero os músculos em torno da boca "Risório" ( que faz com que os cantos da boca sejam puxados ) e o orbicular ocular (bochechas erguidas) atuam juntos, fazendo também com que os olhos se fechem, ou permaneçam entreabertos.  Além disso, "a parte entre os olhos e as sombrancelhas, bem como a extremidade destas, se inclinam levemente para baixo." (BBC)



             - No sorriso falso o músculo contraído é o zigomático, que faz com que os cantos da boca sejam erguidos. Neste tipo de sorriso, nem sempre os músculos em torno dos olhos se contraem, fazendo com que as rugas não apareçam.

              Será que você sabe diferenciá-los? As imagens que abrem este posto foram retiradas do site da BBC, no qual há um teste de Psicologia, composto por 20 questões em que aparecem vídeos de pessoas sorrindo e você deve identificar quais os sorrisos verdadeiros e quais os falsos. Para realizá-lo clique aqui e veja quantas questões você acerta.
 
          Instruções do Teste
> A primeira pergunta diz respeito ao modo como você vê a vida, podendo ser otimista ( otimistic) ou pessimista (pessimistic).
> A segunda pergunta diz respeito à sua autoconfiança, como você se considera ao classificar diferentes modos de sorriso.
> Aperte next e depois assista aos vídeos e responda se o sorriso é genuíno (genuine) ou falso (fake).

Quanto a pergunta inicial, se você respondeu o número 2, acertou, parabéns!
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Realidade Virtual e Psicologia

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Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 14:19

                A psicoterapia é considerada o tratamento mais eficaz das perturbações ansiosas e pressupõe que os doentes possam reviver as situações de trauma. Dentro dela, a realidade virtual permite uma exposição artificial às raízes do medo.   
                Com óculos de três dimensões e fones de ouvido, o paciente é levado a interagir com personagens, objetos e cenários gerados tridimensionalmente – pode ser o interior de um avião, um elevador em pane, um metrô ou o topo de um arranha-céu.  Estudos mostram que a eficácia terapêutica da realidade virtual é similar à da exposição real.
                 No último domingo liguei a TV e no Fantástico estava passando uma matéria sobre o tema, que falava que as experiências virtuais estimulam a neuroplasticidade que o cérebro tem de moldar e recuperar uma função perdida em outras áreas.

1) Técnica Utilizada

                 Algumas vezes, os medos são tão intensos, que a exposição direta ao estímulo condicionado poderia agravar mais ainda a situação do cliente. Neste caso pode ser utilizada a dessemsibilização sistemática , que consiste em dividir o procedimento em vários passos e apresentar os estímulos gradualmente com base em uma escala crescente de intensidade do estímulo, antes de colocar a pessoa em uma situação real (1). O terapeuta tem a capacidade de controlar quais estímulos estarão presentes e quando eles aparecerão.

2) Psicopatologias tratadas

                  Estresse pós-traumárico em caso de ex-combatentes de guerra: O objetivo da terapia por realidade virtual é haver uma "imersão" no ambiente de emboscada, com tiros, explosões e salvamentos de helicóptero.A ideia é o cliente conseguir perceber que as memórias traumáticas que tem se reportam a um tempo que passou. 
                   Fobia de Dirigir: A terapia de exposição por realidade virtual diminui a ansiedade/esquiva relacionadas à fobia de dirigir e, consequentemente, poderia ser usada como um passo inicial da terapia por exposição ao vivo.

3) Funcionamento Neurológico

                   A explicação biológica para este tipo de perturbações ainda não está concluída. Quando a pessoa ouve uma palma repentina, a amígdala dispara e inunda o cérebro com adrenalina e noradrenalina. Na perturbação pós-traumática, pensa-se que estes mecanismos estão desregulados porque existe uma memória antiga que,ao menor estímulo, neste caso auditivo, é trazida para os dias atuais.  Estes hormonios fecham o lobo frontal, o sistema executivo do cérebro.



(1) MEDEIROS, C.A.;MOREIRA,M.B. Princípios básicos de análise do comportamento.Porto Alegre: Artmed, 2007.
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Táticas para chamar a atenção

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 12:58

       Procurando fontes teóricas para escrever meu projeto de pesquisa, achei um livro que fala sobre sobre o ensino universitário, cujo título é Ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas, escrito por Zabalza, que descreve algumas coisas sobre a atenção.



       Segundo Zabalza, a atenção depende tanto dos alunos quanto das aulas e matérias.

"Parece lógico supor que temáticas interessantes podem atrair mais a atenção dos alunos que outras mais “chatas”, ou que uma metodologia ativa apresenta melhores possibilidades de provocar o envolvimento dos sujeitos do que situações nas quais eles se mantêm em uma posição receptiva. Também existem estratégias didáticas especialmente recomendáveis para atrair, centrar e manter a atenção.”( Zabalza, 2004 p. 215-221)
E cita algumas dessas táticas:
“- Introdução de perguntas iniciais, durante as atividades, e finais. As perguntas feitas no início e durante o processo facilitam a concentração nas questões relevantes da tarefa, enquanto as finais facilitam a compreensão global, incluindo a possibilidade de separar a informação relevante e irrelevante.
As interrogações ( como as exclamações e as interjeições ) constituem apelos pessoais ao receptor. Este é um modo de envolver o aluno no desenvolvimento do discurso. Contudo, nem sempre funcionam ( por exemplo, quando é demasiado evidente que se trata de perguntas retóricas, ou quando já se tornou habitual a presença de interrogações características do estilo docente, sendo tais recursos pouco eficazes )
-Introdução de referências pessoais, alusões específicas a pessoas, casos clínicos, etc. Em geral, a “humanização” do discurso facilita a atenção dos estudantes. Advém disso a importância de fazer referências a biografias, a atuações científicas, etc.
Frente aos discursos meramente denotativos, nos quais as idéias são tratadas como unidades informativas neutras, os discursos conotativos são mais motivadores. Os primeiros exigem um esforço de decodificação. Se esse mesmo tema ou assunto se situa em um contexto mais conotativo, os processos de decodificação adquirem dimensão mais pessoal, surgindo como informações que podem ser entendidas e interpretadas por analogia a elementos da própria experiência."

       Segundo Zabalza, a indicação clara do objetivo almejado na tarefa é outro aspecto que facilita a atenção, uma vez que o aluno entende a função da matéria.
        O interessante é que ao ler isso identifiquei alguns dos meus professores. Os considerados "legais" fazem uso dessas técnicas.

ZABALZA, Miguel A. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas. Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2004

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Iniciação Científica - Pesquisa em psicologia

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 13:09



        Esta semana foi anunciado o período de inscrições para projetos de pesquisa na minha faculdade, e há uma vaga aberta para o curso de Psicologia. Então procurei os professores atrás de algum que pudesse e quisesse me orientar. Ainda não sabia exatamente sobre o que eu queria pesquisar, mas sabia que esse era um dos meus sonhos e que eu queria algo ligado a uma das áreas ao lado ->.
        Fui então conversar com o coordenador do curso para saber quais eram os professores que teriam a linha de pesquisa ligada a isso, e ele sugeriu que eu encaminhasse um e-mail para os dois professores que poderiam me orientar. Feliz da vida, mas não o suficiente, resolvi falar ao vivo e a cores com um deles, munida com uma pré-proposta de tema pronta, que foi recusada. O professor sugeriu então uma idéia: pesquisar sobre a atenção ( e distúrbios desta ) nos alunos da faculdade.
        Particularmente, eu gostei bastante da sugestão, afinal “atenção” era o único assunto que não havia sido abordado na matéria de processos psicológicos básicos, e eu finalmente vou ter chance de pesquisar e aprender sobre o tema. E mais: acho que associar a questão da atenção com aprendizagem e comportamentalismo iria ser tudo de bom ( ainda estou pensando a respeito ).

        Procurando sobre o assunto no Google, achei este site - Brain Rules - que tem algumas curiosidades sobre atenção e outros assuntos. Decidi traduzir e colocar aqui algumas delas:

   # Regra No 4: Não prestamos atenção para coisas chatas.

• As coisas as quais prestamos atenção são plenamente influenciadas pela memória. Nossas experiências anteriores prevêem em que iremos prestar atenção. A cultura também importa. O clima na escola ou no trabalho são diferenças que podem exercer grande efeito sobre como percebemos o mundo.
• Nós prestamos atenção em coisas como emoções, ameaças e sexo. Independentemente de quem você seja, o cérebro presta grande parcela atenção nestas questões: Posso comer isso ? Isto vai me comer ? Vou combinar com isto ? Isto vai combinar comigo ? Eu já ví isso antes ?
• O Cérebro não é capaz de realizar múltiplas tarefas. Nós podemos respirar e falar, porém quando ficamos sobrecarregados, isto torna-se impossível.
• Dirigir enquanto falamos ao telefone celular é igual a dirigirmos bêbados. O cérebro é um processador seqüencial e grandes frações de segundo são consumidas toda vez que realiza várias tarefas. Este é o motivo de motoristas falando ao celular serem meio segundo mais lentos para pressionar o freio e sofrerem mais acidentes.
• Locais de trabalho e escolas geralmente encorajam as multi-tarefas. Entre em qualquer escritório e você verá pessoas enviando e-mails, falando ao telefone, conversando em chats, e no MySpace- tudo ao mesmo tempo. Pesquisas mostram que a taxa de erro e o tempo que você leva para efetuar as tarefas aumentam em 50%.”

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O Hábito de Colar - Significados II

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 12:35


       Sempre achei que os professores ( alguns, não todos ) negligenciavam o fato de alguns alunos colarem em provas e avaliações somente por acreditarem ser afirmativa a resposta quanto à questão feita na postagem anterior.
       Detalhe: Aqui não estou querendo discutir se a negligência as colas é correta ou errada. Vou apenas citar alguns outros motivos pelos quais alguns professores fingem não ver quando seus alunos estão colando.
       Outro motivo é que para alguns professores o fato de o aluno colar mostra que ele estudou, uma vez que teve que efetuar a leitura da matéria para produzir a cola, e somente utiliza a mesma, pois está inseguro.


"Ao selecionarem as palavras que resumem o texto, os alunos se forçam a repetir o texto com suas próprias palavras. Essa repetição aumenta a capacidade de articulação dos alunos sobre o texto estudado, visto que eles não se prendem às palavras do autor, preferindo utilizar suas próprias palavras." ( Super-Memória por Dell’Isola 2009 )



Emfim, o que tudo isso tem haver com análise do comportamento?

       Certo dia, na aula, estava aprendendo sobre reforçamento e foi dita a seguinte frase: “ O aluno cola pois este comportamento é reforçado pela nota que tira ( que na maioria das vezes é alta ), fazendo com que este comportamento aumente ou mantenha a freqüência”.
       Realmente. Eu estudo e tiro nota 8, e vejo que quem cola nas provas tira nota 10 com parabéns e estrelinhas. Uma vez que o aluno é valorizado pela instituição de ensino pela nota que tira, logo o que este acha que é a melhor opção? Para a vida acadêmica é colar, porque o aluno que tira nota 10 é visto como melhor do que o que tira nota 8. Logo, o aluno que antes não colava, se sente inferior e tende a adquirir o comportamento de colar, uma vez que o comportamento estudar não deu o resultado esperado por ele.

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Significados

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 08:49


       Na aula de processos psicológicos básicos estudamos que inteligência é a capacidade de aprender a partir de experiências.

       Mas o que é aprender?

       Seria o aluno que cola nas provas, e não é pego pela professora, um aluno inteligente?

       Segundo o dicionário online Michaelis , inteligência é:

Inteligência
in.te.li.gên.cia
sf (lat intelligentia) 1 Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar; entendimento, intelecto. 2 Compreensão, conhecimento profundo. 3 Filos Princípio espiritual e abstrato considerado como a fonte de toda a intelectualidade. 4 Psicol Capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito (medido na execução de tarefas que envolvam apreensão de relações abstratas) e, bem assim, de aprender, para que essas situações possam ser bem resolvidas. 5 Pessoa de grande esfera intelectual. 6 Conluio, ajuste, combinação.

       E aprender significa:

Aprender
a.pren.der
(lat apprehendere) vtd, vti e vint Ficar sabendo, reter na memória, tomar conhecimento de: Em pouco tempo, aprendeu vários idiomas, tendo aprendido com sua mulher o alemão e o inglês. No trato da jurisprudência, aprendeu a arte de burlar as leis. Pela dor aprendeu o que é o mundo. Sempre receou aprender demais. A. à sua custa: aprender por experiência própria.


       Onde eu quero chegar?
       Não vai ser hoje que essa pergunta vai ser respondida.
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Como comportar-se na hora do "Parabéns" ?

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 12:23


       Inspirada na série Habilidades Sociais: Como Agir do blog [“Comporte-se”] e aproveitando a aproximação do dia do meu aniversário resolvi pesquisar sobre as diferentes maneiras que as pessoas comportam-se na hora em que todos se reúnem para cantar a música do aniversário.
       Primeiro, há a grande reunião de pessoas, todas paradas, olhando para o aniversariante no momento em que cantam uma música de aproximadamente 45 segundos.
       Para algumas pessoas, a presença de um grupo ao seu redor pode ser uma situação desconfortável. Em outros casos, o simples fato de não saber o que fazer com as mãos e com o corpo, além da vermelhidão e do suor que este momento pode causar são motivos para que o aniversariante se sinta encabulado.
       A aquisição de um comportamento ( no caso evitar falar com as pessoas) para se livrar de uma conseqüência ( sentir-se envergonhado/ não saber o que fazer ) que nesta situação, e para este indivíduo é aversiva, é um tipo de reforçamento negativo denominado esquiva.
       Talvez as pessoas que não gostam da hora do “parabéns pra você” simplesmente evitem fazer festas e comemorações nos aniversários seguintes ao que se sentiram constrangidas para evitarem ( se esquivarem) esta situação, a qual não sabem como agir.
       Pode-se, também, solicitar que os convidados não cantem esta música, mas em nossa cultura, este pedido provavelmente não vai ser atendido, uma vez que muitas pessoas consideram que “sem parabéns não existe aniversário”.
       Enfim, como agir neste momento? Devemos agradecer? Bater palmas? Cruzar os braços? Sorrir? Chorar? Todas as reações são possíveis.
       Através de buscas em artigos e pesquisas científicos não achei nada que comprove que certo comportamento irá emitir respostas mais desejáveis que outro neste momento ( que entraria, provavelmente, na categoria de "Habilidades Sociais" ). O que parece é que cada pessoa poderá testar e encontrar a sua maneira de reagir a isto para que fique menos constrangido.

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Entrando no país das maravilhas...

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Posted by Fernanda Wagner | Posted on 16:00



     Fernanda estava ficando muito cansada de estar sentada ao lado de seus colegas pensando em que abordagem da Psicologia escolher, quando subitamente um rato branco de laboratório com olhos vermelhos passou correndo perto dela.
     Não havia nada de muito especial nisso, também Fernanda não achava fora do normal ouvir o rato dizer para si mesmo “ Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar seguindo o caminho errado, pois estou levando choques! ” ; mas, quando o rato tirou um convite do bolso e olhou para ele, apressando-se a seguir, Fernanda pôs-se em pé, e pensou rapidamente, que nunca havia visto um rato branco correndo solto por aí e muito menos com um convite. Ardendo de curiosidade, ela correu pelas ruas atrás dele, a tempo de vê-lo saltar para dentro de um ônibus. No mesmo instante, Fernanda , entrou no ônibus.
     O ônibus dirigia-se diretamente para a OAB. Ou aquilo era muito longe, ou o ônibus andava muito devagar, pois a menina teve tempo de olhar tudo o que havia ao seu redor e desejar saber o que iria acontecer a seguir.
     Chegou então a um grande hall onde havia uma prateleira com vários livros e uma mesa feita em madeira: não havia nada em cima dela a não ser um registro de assinaturas e uma minúscula chave dourada. Assinou no livro onde, magicamente, estava escrito o seu nome. A seguir olhou para frente e observou que haviam três portas. Observou mais atentamente e descobriu uma cortina, que escondia uma porta de aparentemente 30 centímetros. A menina colocou a pequena chave dourada na fechadura, e para seu grande prazer, ela encaixou!
     Fernanda abriu a porta e viu que dava para uma pequena passagem, não muito maior que um buraco de rato: ela ajoelhou-se e avistou o maior auditório que jamais vira, onde supostamente, estava ocorrendo um encontro. Na parte frontal do auditório havia um telão, o qual esforçara-se para ler o que estava escrito e encontrou: II Encontro Catarinense de Análise do Comportamento e o rato branco estava logo a baixo. Como ela gostaria de sair daquele hall e entender o que as pessoas do encontro estavam falando! Ela então desejou que pudesse encolher para passar por aquele buraquinho de rato.
     Vejam só, ela realmente ficou de um tamanho que permitiu que atravessasse a porta! Tantas coisas estranhas tinham acontecido ultimamente, que Fernanda começara a pensar que muito poucas coisas eram realmente impossíveis.
     Ao passar a porta, sentou-se em uma poltrona, na sexta fileira, e começou a escutar o que as pessoas falavam. Se deu conta de que tratavam-se de pessoas importantes: psicólogos, professores e por fim, analistas do comportamento. Falavam que os organismos interagem com o meio moldando os comportamentos e reforçando os que são favoráveis, assim como do meio, que também contribui para que os organismos tenham seus comportamentos reforçados ou não além de expressões como contingência de reforço, esquiva, análise de variáveis, experimentos e pesquisas com ratos, observação da aquisição e aprendizagem de novos comportamentos, bem como extinção destes. Estava rodeada por gente que já havia aprendido muita coisa e que estava disposta a passar o conhecimento para frente. Sentiu-se um pouquinho maior do que realmente estava naquele momento.
     Fernanda ainda não entendia muito bem o que era cada um daqueles assuntos ( e ainda não entende, realmente) , mas ficou maravilhada com os resultados que eles poderiam fornecer, e percebeu que deveria estudar mais sobre este assunto e ainda tem muito o que aprender sobre tudo isto. Decidiu uma parte de sua vida. Enfim, foi dado um passinho, pequenino demais, mas ainda assim um passinho, para que seu sonho seja um dia realizado.

Fonte:
Carroll. L,. Alice no país das maravilhas. Disponível em http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.html. Acessado em: 24 de abril de 2010.

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