Punição: Melhor forma de controle das ações dos funcionários?

2

Posted by Fernanda Wagner | Posted in | Posted on 08:52


          

            Em pleno século XXI, grande parte das empresas utiliza a punição em funcionários que não se comportam da maneira esperada pela organização, através de técnicas como advertências por escrito, retenção de salário, ameaças e demissão ( Grande parte das empresas nem ao menos tem um psicólogo organizacional ).
            Até é compreensível que alguns chefes, ao não saberem mais o que fazer, acabem apelando para estas técnicas. Mas quer um conselho? Se você é um destes gestores organizacionais contrate um psicólogo organizacional, pois estas técnicas punitivas só são eficazes para certos problemas se o chefe estiver constantemente presente na empresa vigiando seus funcionários. Caso contrário provoca efeitos contrários ao esperado, ou o denominado contra-controle.
           Que tal, ao invés de punição, utilizar técnicas como a chamada "disciplina sem punição", que consiste em administrar problemas, conflitos e até mesmo baixa produtividade com conversas, aconselhamentos e chances e possui vantagens como o reforço dos valores das empresas, a capacidade de corrigir os erros dos profissionais e a aplicabilidade disso para todas as funções. (Jornal Carreira e Sucesso). O grande problema desta técnica é que muitos gestores ainda não sabem como utilizá-la. Por isso, reforço, contrate um psicólogo organizacional, que entre outras coisas, poderá intervir nas abordagens tomadas pela empresa em relação aos seus funcionários fazendo com que o rendimento dos trabalhos e a motivação dos funcionários melhore.
           A grande dúvida é: o que eu, como aluna de psicologia, posso fazer para "melhorar" essa situação, uma vez que a maioria das empresas em que fui chamada para realizar estágios utilizam a antiga punição?

Comments (2)

fala menos e especifica mais. É só falar as punições.

Talvez, em casos em que um comportamento é extremamente inadequado e necessite ter sua freqüência diminuída em um espaço de tempo muito curto e no qual não haja alternativas, o uso da punição positiva possa até ser ocorrer. No entanto da forma mais branda possível e produzindo o mínimo de sofrimento, e só deve ser usada quando alternativas mais favoráveis não surtirem efeito.
No caso da punição negativa, sempre que possível ela deve ser evitada, mas quando for necessário empregá-la que isso seja feito na intensidade mínima. A remoção das condições gratificantes contingentes a um determinado comportamento inadequado deve ser temporária e deve voltar a estar disponível o mais brevemente possível.
Porém visto que o emprego de punições, sejam elas positivas ou negativas, produzem vários efeitos colaterais, como eliciação de respostas emocionais negativas, desenvolvimento de um repertório de fuga-esquiva, limitação do repertório comportamental, além de tornar o ambiente coercitivo, seu uso, incluindo as palmadas, deve ser evitado ao máximo.
Em minha opinião a melhor alternativa à punição seria combinar o emprego do reforçamento diferencial de outros comportamentos (DRO) com o procedimento da extinção. Sendo assim o educador deveria buscar meios de suprimir o reforçador que mantém o comportamento indesejado e reforçar todos os outros comportamentos da criança que sejam adequados. No entanto a extinção também leva a eliciação de respostas emocionais negativas, nesse caso deve se permitir que a criança expresse essas emoções livremente nestes períodos, enquanto os comportamentos inadequados devem ser ignorados.
Procedimentos aversivos precisam ser empregados apenas como último recurso. Crianças educadas com o uso de DRO e extinção quase certamente precisarão muito pouco de punição.
By: Bruno Queiroz

Related Posts with Thumbnails